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Mestres e Mestras do Jequitinhonha

A rica cultura popular do Vale do Jequitinhonha se apoia nos saberes ancestrais de sua gente.

 

A transmissão desses saberes de, geração em geração, se faz de forma oral, de mãe / pai para filha / filho.  Dentro desse contexto, a figura dos Mestres e Mestras, detentores de conhecimentos tradicionais específicos, merece especial atenção.

Os Mestres e as Mestras do Jequitinhonha atuam principalmente dentro de suas respectivas comunidades, onde se tornam protagonistas na manutenção da cultura, da vida em comum e da relação com a terra e com o sagrado.

 

A TINGUI tem como propósito a valorização e o fortalecimento da identidade dessas pessoas e de seus saberes ancestrais, dentro e fora de seus territórios.

Para tanto,  promovemos encontros que propiciam a vivência e a troca de saberes entres os Mestres e as Mestras. 

Obs.: Por medida de segurança, os encontros estão temporariamente suspensos em função da pandemia.

Abaixo, apresentamos os Mestres e as Mestras do Jequitinhonha:

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Raizeiras e Raizeiros

São os mestres e as mestras do mato, conhecedores da das plantas nativas medicinais, assim como do ecossistema e da coleta de forma sustentável. Dominam o preparo das garrafadas, os remédios caseiros, assim como a indicação para os diversos males e doenças.

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Foto: Rinaldo Martinucci

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Conhecedoras das plantas

São as mulheres, em maioria,  que plantam nos quintais de casa verduras,  legumes e ervas medicinais.

Assim como os raizeiros, conhecem as propriedades das ervas, assim como o preparo de remédio caseiros e a indicação para os diversos males.

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Foto:  Erika Rianni

Foto: Erika Rianni

Benzedeiras e benzedeiros

São mulheres e homens, pessoas de muita fé e solidariedade, que usam as rezas e as plantas para oferecer alívio para as aflições físicas e espirituais.

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Foto: Rinaldo Martinucci

Foto: Rinaldo Martinucci

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Foto: Rinaldo Martinucci

Parteiras


Mulheres de uma fé inabalável, de uma grande conexão com Nossa Senhora, elas trazem um conhecimento profundo da alma e do corpo feminino, além do conhecimento ancestral das plantas, usadas para trazer alívio antes, durante e depois do parto.

 

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Foto: Rinaldo Martinucci

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Foto: Rinaldo Martinucci

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Contexto

Ao analisar os indicadores e ao ouvir as histórias dos mais velhos, percebe-se que a vida no Vale do Jequitinhonha mudou, para melhor, ao longo dos últimos 20 anos. Eletricidade rural, caixas residenciais para captação da água da chuva e o programa Bolsa- Família são alguns exemplos de políticas públicas que contribuíram para o desenvolvimento social.

A melhoria das condições de vida traz também desafios. O "desenvolvimento" vem acompanhado da desvalorização do “não moderno”. Saberes ancestrais, se analisados unicamente pelo viés econômico, passam a ser vistos como primitivos, na contramão do progresso, fragilizando assim a permanência e a construção da diversidade cultural.

Mas, se entendidos como mecanismo de perpetuação da cultura e da identidade local, que é o maior patrimônio do Vale do Jequitinhonha, passam a ser aliados do desenvolvimento.

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Foto: Rinaldo Martinucci

Abaixo, fotos de Rinaldo Martinucci, Érika Rianni, Kennedy Lisboa

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